ORTODONTIA E PROTRUSÃO MAXILAR como corrigir a Classe II.
Esse tema nos coloca diante de dois conceitos distintos. O primeiro é protrusão maxilar, e o segundo, Classe II.
Entre ambos temos a possibilidade de correção através dos recursos da moderna ortodontia.
Protrusão maxilar: o que é?
Com efeito, protrusão é a projeção do maxilar superior, ou maxila, muito à frente do maxilar inferior, ou mandíbula. Trata-se de um desalinhamento dos dentes que prejudica o fechamento natural da boca.
Temos, assim, um tipo de maloclusão no qual os lábios da pessoa não se encontram e seus dentes ficam salientes.
Evidentemente é uma condição bastante desconfortável, para adultos ou para crianças, e apresenta várias consequências:
- Dificuldades para mastigar;
- Problemas respiratórios;
- Cáries, feridas ou fraturas;
- Gengivites;
- Alteração do formato do rosto;
- Impacto na autoestima e na autoconfiança.
De um lado, a protrusão tem como causas hábitos como chupar o dedo, roer as unhas, morder os lábios superiores.
De outro, as causas podem ser genéticas, como veremos a seguir.
Protrusão de Classe II
As maloclusões não envolvem somente os dentes. A posição dos maxilares é igualmente atípica e, nesse caso, estamos falando das bases ósseas do rosto.
Em ortodontia, existe uma classificação para os graus de protrusão. São eles:
Sem alterações nos dentes nem na estrutura óssea da face – Classe I;
Arcada superior projetada para frente e a arcada inferior retraída – Classe II;
Arcada superior retraída e arcada inferior projetada – Classe III.
Antes de prosseguirmos com o tema ORTODONTIA E PROTRUSÃO MAXILAR como corrigir a Classe II, é importante mencionar outras possíveis causas genéticas para a protrusão, a saber:
- Deglutição atípica – a língua pressiona os dentes superiores no momento de engolir;
- Maxilar inferior retraído e o superior muito adiantado.
Classe II
A maloclusão de Classe II é uma das mais recorrentes nos consultórios, sobretudo entre pacientes em torno dos 12 anos.
Sem dúvida, tal fato ocorre devido ao aspecto antiestético dessa protrusão.
Entretanto, há vários tipos de maloclusão de Classe II, relacionados a diferentes problemas de crescimento dos ossos da face ou no posicionamento dos dentes.
Normalmente, a maloclusão de Classe II se caracteriza pela inclinação dos dentes superiores para frente, e a dos inferiores para trás. O espaço criado recebe o nome de “trespasse horizontal ou overjet”.
Se o desenvolvimento da criança se dá sem intercorrências, o espaço entre o maxilar superior à frente do inferior é de 1 a 2mm.
Em princípio, a maloclusão de Classe II já é perceptível na primeira infância e causa problemas não só estéticos, mas altera também funções como mastigar, deglutir, falar e respirar.
Conforme a criança cresce, a Classe II tende a se agravar. O espaço entre os dentes aumenta porque os dentes inferiores continuam se retraindo e os superiores se projetando.
Em uma palavra, a Classe II não se autocorrige durante o período de troca dos dentes.
ORTODONTIA E PROTRUSÃO MAXILAR como corrigir a Classe II: quando tratar
Embora as formas de tratamento da protrusão de Classe II já estejam bastante consolidadas em ortodontia, inovações tecnológicas e novas possibilidades de diagnóstico são frequentemente divulgadas.
Desse modo, os ortodontistas têm a oportunidade de experimentar os novos aparelhos ortodônticos frequentemente introduzidos no mercado, oferecendo mais conforto aos pacientes e reduzindo o tempo de tratamento.
ORTODONTIA E PROTRUSÃO MAXILAR como corrigir a Classe II: em uma etapa ou em duas
Como vimos até agora, é possível detectar a protrusão de Classe II logo na primeira infância.
No entanto, a discussão entre os dentistas sobre o tema ORTODONTIA E PROTRUSÃO MAXILAR como corrigir a Classe II gira em torno de duas possibilidades: corrigir a Classe II em duas fases ou em apenas uma.
Nesse sentido, o ortodontista iniciaria o tratamento em duas fases ainda na primeira infância, promovendo o alinhamento dos dentes de leite a partir de uma intervenção nas estruturas ósseas ainda em desenvolvimento.
Tal intervenção é feita com aparelhos específicos chamados ortopédicos porque não atuam nos dentes, mas sim na parte esquelética do rosto do pequeno paciente.
Ao finalizar essa fase, o ortodontista não dá alta, comprometendo-se a acompanhar o crescimento da criança, até chegar na fase em que poderá realizar um tratamento mais definitivo.
Porém, essa segunda fase costuma se dar no período conhecido como surto de crescimento, entre 10 e 11 anos para as meninas e entre 11 e 12 anos para os meninos, isto é, no final do período da dentição mista.
Nessa etapa, a correção da protrusão de Classe II pode ser feita com aparelhos ortodônticos fixos ou móveis.
Quanto ao tratamento em uma fase, ele só é realizado na adolescência.
Tudo depende da posição do ortodontista diante da questão ORTODONTIA E PROTRUSÃO MAXILAR como corrigir a Classe II.
Condições em que o tratamento é realizado, necessariamente, em duas fases
- A criança já apresenta problemas psicológicos e sociais devido à protrusão dos seus dentes;
- Agravamento da Classe II com riscos de traumatismos dentários;
- Presença de funções alteradas, como a língua pressionando excessivamente os dentes.
ORTODONTIA E PROTRUSÃO MAXILAR como corrigir a Classe II em adultos
Se, eventualmente, a protrusão maxilar de Classe II não foi corrigida nem mesmo no período da adolescência, o tratamento indicado é quase sempre a cirurgia ortognática.
Mas muitos pacientes adultos portadores dessa maloclusão, preferem evitar a cirurgia. Para esses casos, existem tratamentos ditos compensatórios, que envolvem extração de pré-molares e uso de aparelhos específicos, conhecidos como propulsores mandibulares.
Para concluir, ORTODONTIA E PROTRUSÃO MAXILAR como corrigir a Classe II, assim como tantas outras maloclusões, exige uma profunda análise das reais condições do paciente, envolvimento familiar e sólidos conhecimentos do ortodontista.
Se ainda houver dúvidas sobre esse tema, agende uma consulta com a Dra. Samanta Nigro.
Dra. Samanta Nigro
Formada em Odontologia pela PUC_PR, especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela PUC-PR, especialista em Odontopediatria pela Associação Brasileira de Odontologia-PR e membro da Sociedade Paranaense de Ortodontia. Invisalign® Top Doctor, certificada pelo curso Invisalign by Instituto Maio e Fellowship em Alinhadores